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Mostrando postagens de julho, 2010

Meu irmão.

"É a cara do Valdemir.". Passei anos da minha infância ouvindo de diversas pessoas essa frase ou algo muito próximo, o que me deixava, como bom menino mimado que era, com uma certa raiva, um certo bico, possivelmente com ciúme do meu irmão mais velho, pois eu não queria ser a cara dele, queria ser eu, Lucas, que não tem cara de outra pessoa, tem apenas, desculpando a estúpida redundância, a minha cara, ora mais. Coisas de criança mesmo. Hoje, às vésperas de mais um aniversário do Val, percebo espantosamente como tenho, sim, muito da cara dele, e claro que não estou a me referir a traços físicos, pois desses tive a felicidade de me livrar depois da infância, estou a me referir a algo mais profundo, mais tocante, pois sei que, se logo que acordo, ligo o som do quarto antes mesmo de ir tomar banho, estou a repetir um costume dele com o qual tive que crescer nas manhãs lá na casa do Papicu, onde morávamos num mesmo quarto, dividíamos os mesmos metros quadrados dia após dia, e lem