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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

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*** Blogueiro - e até o blog! - de férias. De volta aos escritos provavelmente em 13.03.2011. ***

Contradição

Quando criança, sempre me enchia o saco ouvir meus pais ou avós dizerem que "neste ano o tempo está passando rápido demais." Me parecia conversa de velho, papo sem sentido. Hoje, porém - será que por eu ter também envelhecido? -, tiro o chapéu e digo sem medo de errar: não sei o que andam fazendo por aí, mas cada vez mais me estarrece, me impressiona a velocidade com que o tempo devora os dias, que devoram as semanas, que devoram os meses, que devoram os anos, que nos devoram, um dia, enfim. Mas fiz essa introdução só porque já faz mais ou menos seis meses - embora pareçam dois, três no máximo - que comecei a programar, a planejar uma viagem para as minhas próximas férias. Pra falar a verdade - uma vez que dela, infelizmente, aqui, não consigo fugir -, quando iniciei essa tal programação, meu objetivo maior nem era mochilar dali a seis, sete meses; era somente criar algo em minha mente - à época um tanto, digamos, desmotivada - que me fizesse seguir em frente, que me empurras

Fernando Veríssimo

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Tem rolado pela internet (mais) um texto atribuído a Luis Fernando Veríssimo, dessa vez criticando o, digamos, famigerado Big Brother Brasil (BBB, para os íntimos). Recebi o bendito texto por email um dia desses, e não precisei de mais que cinco ou seis linhas pra me dar conta de que aquilo lá definitivamente não fora escrito por um dos maiores cronistas contemporâneos brasileiros. Uns dois erros de regência; umas duas vírgulas postas de forma totalmente incoerente na frase; mas sobretudo o estilo da escrita, logo me fizeram mandar pra lixeira aquele atestado de falsidade ideológica (é esse mesmo o nome do crime?) a Fernando Veríssimo. Pois aí, ontem, coincidentemente, o tal escritor estava dando o ar de sua graça num programa da Globo, Altas Horas. O apresentador Serginho Groisman, então, pertinentemente, perguntou-lhe se a referida produção era mesmo sua, ao que ele respondeu carinhosamente que não, não era, assim como tantas e tantas outras que circulam na grande rede. Qualquer di

Seu João

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"Seu" João. Ele é porteiro aqui do prédio desde que aqui viemos morar, há - sei lá - uns quinze anos. Me viu crescer, passou muito a mão na minha cabeça, brigou um bocado comigo e com o Vinícius (na infância meu grande parceiro de danações condomínio adentro), nos aturou dias inteiros lá embaixo, contou várias de suas histórias de vida, nos deu conselhos e nos deu, até, o privilégio de almoçarmos com ele várias vezes (já que nos fins de semana chegávamos, eu e o Vinícius, ao ponto de levar nosso almoço lá pra baixo, só pra comermos em sua companhia). Pois é, o "seu" João, hoje vejo, foi, em várias e várias felizes tardes infantis de minha vida, um pai pra mim. Mas o curioso - pra não dizer triste - é que até hoje ele continua lá embaixo, cumprindo a mesma rotina daqueles dias que me soam tão distantes e saudosos; trabalhando, como já fazia àquela altura, em dias alternados e no mesmíssimo horário (sete da manhã às sete da noite). Ele continua lá, abrindo e fechando