Fernando Veríssimo


Tem rolado pela internet (mais) um texto atribuído a Luis Fernando Veríssimo, dessa vez criticando o, digamos, famigerado Big Brother Brasil (BBB, para os íntimos).

Recebi o bendito texto por email um dia desses, e não precisei de mais que cinco ou seis linhas pra me dar conta de que aquilo lá definitivamente não fora escrito por um dos maiores cronistas contemporâneos brasileiros. Uns dois erros de regência; umas duas vírgulas postas de forma totalmente incoerente na frase; mas sobretudo o estilo da escrita, logo me fizeram mandar pra lixeira aquele atestado de falsidade ideológica (é esse mesmo o nome do crime?) a Fernando Veríssimo.

Pois aí, ontem, coincidentemente, o tal escritor estava dando o ar de sua graça num programa da Globo, Altas Horas. O apresentador Serginho Groisman, então, pertinentemente, perguntou-lhe se a referida produção era mesmo sua, ao que ele respondeu carinhosamente que não, não era, assim como tantas e tantas outras que circulam na grande rede.

Qualquer dia desses - aproveitando esse poder de circulação que essa simples assinatura veríssima tem - acabo pegando um texto daqui, assinando como do tal cronista e mandando pra trocentas pessoas por email; tempos depois, quando a crônica tiver com tempo suficiente pra ter chegado a alguma editora, mando a mensagem novamente, dessa vez mostrando o blog e comprovando a real autoria e por tabela fechando acordo com uma Cia. das Letras da vida. Sonhar ainda é de graça.


Frase do dia:
"Não se levantou para apagar a luz do tecto, mas ela estava apagada quando acordou a meio da noite, pensou que afinal sempre se tinha levantado, desligara o interruptor, são coisas que fazemos meio inconscientes, o corpo, por si mesmo, podendo, evita as incomodidades, por isso dormimos na véspera da batalha ou da execução, por isso, afinal, morremos, quando já não conseguimos suportar a violenta luz da vida."
José Saramago

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