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Mostrando postagens de outubro, 2013

Da vida que cria faltas ou das faltas que criam a vida

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Algumas poucas leituras teóricas sobre o assunto, outros tantos momentos observando as pessoas com que convivo e um olhar que, às vezes espinhosamente, forço que se volte pra dentro, pro eu: eis as razões do que me faz cada vez mais nos últimos tempos concluir   – somos todos movidos pela falta.  É a falta que nos move, a mim, a você, ao seu vizinho, ao motorista do ônibus. Mas falta do quê, alguém há de perguntar. De dinheiro, de amor, de saúde, de paz? Ou, mais concretamente, de uma casa própria, de um emprego que satisfaça, de um celular de última geração? Sim, todas são possibilidades, mas não precisamos estabelecê-las nesse momento, aliás é até melhor que não as especifiquemos agora: são muitas as faltas, muitas as gentes e, em cada gente, quantas faltas? Não entremos nesse mérito, atentemos apenas para um fato: há uma casa vazia em cada um de nós. E é exatamente essa lacuna que nos faz agir, mover, buscar: é assim que de repente vejo que a vida, sob determinado po...