Vida às palavras.

Não é de hoje que carrego a vontade de dar vazão a algumas palavras que permaneciam, até então, guardadas em um caderno velho, meio escondido diga-se de passagem, esperando que talvez a empregada o jogasse fora ao encontrá-lo meio empoeirado, cheio de poemas pela metade, textos inacabados, extrações de grandes autores, tudo desorganizado, ora de lápis, ora de caneta, risca pra lá, rabisca pra cá, dando a entender que o lugar mais propício para aquele relicário deveria ser mesmo a lixeira mais próxima.
Pois eis que nesses dias, depois de ler uma crônica do Fernando Sabino (a qual em nada se relaciona com o que venho dizendo), tomei coragem, fui lá e ressucitei o tal caderno. Então, agora de posse de meu amuleto, crio este blog, que certamente a empregada não saberá jogar na lixeira.
Mas, como vinha dizendo antes da história do caderno, já há alguns anos penso em escrever de forma mais regular, pincipalmente depois dos incentivos de minha namorada, de minha irmã e, indiretamente, de um (bom) professor que tive num cursinho. Esse professor, Sérgio Rosa, dizia, "Se você achou essas crônicas do Mílton Dias (um ótimo cronista cearense, por sinal) meio bobas, meio corriqueiras, e se você acha que pode escrever como ele, talvez você tenha, sem saber, textos em casa dignos de publicação."
Em tempo: não penso que posso escrever como o senhor Mílton Dias, (muito) longe disso. Pensei somente que tinha em casa alguns textos meio bobos e corriqueiros.

Comentários

  1. Tá lindo, amoor! Tu escreve muuuuito bem! Tô com vontade de dizer pra todo mundo desse blog!

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