À espera pela chamada
Nessa última quarta-feira à noite, quando entrei na sala de aula, atrasado que estava, sentei num dos poucos lugares vazios que ainda havia. Tudo igual, c'est la même chose , não fosse uma criança sentada exata e coincidentemente bem à minha frente. Não sou muito bom neste tipo de estimativa, mas acho que ela tinha uns sete anos, não mais que isso. Devia ser filha de algum aluno que nesse dia não pôde deixá-la com outra pessoa, trazendo-a, pois, para assistir a uma - não só para a criança - fastidiosa aula de Administração Financeira e Orçamentária.
Pelo visto, o papo da professora sobre capital de giro, passivo não-circulante, ciclo de caixa e afins não despertou muito a curiosidade da pequena (nem a minha, aliás). Ela estava mesmo era concentrada num desenho bem bonito, colorido, produção toda dela, feito numa folha de papel ofício que a mãe ou o pai certamente já havia lhe entregue, como forma de manter quieta a criança durante mais de uma hora; tarefa difícil mas que fun...