Serenidade, nada mais
Felicidades, saúde, dinheiro, muitos anos de vida – são esses
os votos que todos damos no dia em que um amigo, um parente, alguém de quem
gostamos faz aniversário.
Ok, todas essas coisas são mais que bem-vindas, mas acho que
nos esquecemos de desejar aquilo de que o mundo mais carece, aquilo que mais
nos falta, em especial nesta vida caótica que acabamos por criar: serenidade.
Plenitude. Paz consigo mesmo.
Porque felicidade, ao contrário do que somos levados a
pensar, não diz respeito a carro do ano, apartamento de frente pro mar, cartão
de crédito com um limite nas alturas ou jantares nos mais refinados
restaurantes. Felicidade é se sentir pleno, sereno, satisfeito com os mais
simples prazeres que a vida nos proporciona: a beleza de um dia de sol e de céu
azul e aberto, uma praia num dia ensolarado, um arroz com feijão bem
temperados, um copo d'água quando se está morrendo de sede, uma noite de sono
bem dormida. Felicidade, essencialmente, é só isso, esqueça os dicionários.
Pra que tanta mesquinhez, pra que andar tão ligeiro, por que
não dar a vez e deixar o carro que está na esquina, há tempos tentando entrar,
passar à frente do seu? Slow down, man. Olhe ao redor, se expanda, acalme esse
olhar inquieto. Serenize-se.
Acho esse negócio de aniversário meio bobagem (sou muito
chato com certas coisas, admito), mas, se ele tem alguma serventia, certamente
é esta: a oportunidade que temos de pensar no que desejamos pra mais um ano que
se inicia, seja em nossa vida, seja na do outro.
Eu, se só pudesse desejar uma única coisa às pessoas por quem
prezo, a partir de hoje desejaria, sem titubear, isto que já quase não encontramos em nosso desordenado
arranjo social: serenidade.
Mas... E a saúde, o dinheiro e os muitos anos de vida? Ah, esses
não falta quem os deseje.
Frase do dia:
"(...) juntamos palavras, palavras e palavras, um pronome pessoal, um advérbio, um verbo, um adjectivo, e, por mais que intentemos, por mais que nos esforcemos, sempre acabamos por nos encontrar do lado de fora dos sentimentos que ingenuamente tínhamos querido descrever (...)"
José Saramago
eu quero! Tádila.
ResponderExcluirEntão favor não esquecer de me desejar isso dia 12/05/2012 viu!!! Rs!!
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